Hérnias abdominais são locais de fragilidade ou mesmo de descontinuidade da parede abdominal por onde os órgãos desta cavidade podem se insinuar e, eventualmente, causar sérios problemas. Elas podem ser congênitas (a pessoa nasce com o problema) ou adquiridas (aquelas que aparecem ao longo da vida). Pessoas obesas, sedentárias, tabagistas e com cirurgias abdominais prévias tem mais mais riscos de desenvolver uma hérnia.

Principais locais:
Inguinal: região da virilha, é o local mais comum de aparecimento de hérnia;
Umbilical: aquela que se insinua exatamente na cicatriz umbilical;
Epigástrica: aquela que aparece na região acima do umbigo;
Incisional: aquela que aparece sobre uma cicatriz de cirurgia prévia, ou seja, sobre uma incisão cirúrgica anterior.

Sintomas:
Abaulamento ou “caroço” no local da hérnia;
Dor local:
Náuseas;
Constipação ou mesmo obstrução intestinal em casos mais graves.

Normalmente os sintomas aparecem ou pioram quando o paciente realiza algum tipo de esforço físico.

Diagnóstico:
É feito através do exame clínico direcionado e, em casos de dúvida e forte suspeita, exames de imagem como a ultrassonografia do local são muito úteis.

Tratamento:
O tratamento das hérnias abdominais é sempre cirúrgico, sendo um procedimento relativamente simples e de recuperação rápida.
Cuidados como evitar esforços físicos intensos e controle da dor são importantes no início, com o paciente retornando para suas atividades normais em poucas semanas.
A cirurgia pode ser convencional (aberta) como minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica) e em alguns casos se faz uso de tela absorvível para melhor resultado.

Por: Francisco Sergi / CREMESP 146.990 / RQE 74.723